quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A casa velha

E quando eu cheguei
a porta estava entreaberta,
nem sombra e nem luz,
não havia nada a minha espera.

O silêncio ecoava pelos cantos
e era tão alto que me deu um vazio.
Meus olhos enturvaram,
foi uma sensação estranha, de medo e solidão.

Caminhei pela sala sem tocar em nada,
empurrei a janela e deixei uma onda de luz entrar.
Entrou vento, entrou luz, entrou brisa,
entrou tambem vida.

Eram tantas lembranças misturadas
naquela casa, há tanto tempo intocada...
Quem diria que um dia foi um castelo
e hoje, não tinha elo, não tinha nada.

Tirei a poeira do sofá e cansada, sentei
olhando em volta, tudo parecia longe
mas as lembranças me trouxeram pra perto, muito perto
e no meio daquele caos de lembranças, uma foto encontrei.

Meu coração por um segundo parou,
minha garganta secou e sem saber por onde
o sol invadiu a sala, invadiu tudo, todos os cantos
e sem saber como, não eram mais lembranças...

A casa ganhou vida, a história voltou,
ressurgiu entre os moveis, entre a poeira
e eu ali, sentada naquele sofá velho,
vi a vida voltar e ganhei de volta, a chance de recomeçar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário