quarta-feira, 12 de junho de 2013


Há tempos eu estava a sua procura...

Uma angustia que nunca aquietava o meu coração,
uma sensação que sempre faltava alguma emoção,
explicações que nunca me faziam razão
E uma busca incessante pelo amor que acalmaria meu coração.

Foi quando olhei dentro dos seus olhos e meu coração pulou,
disparou em ritmo descompassado, meu estômago gelou, minha garganta secou e engasgou todas as palavras...

Foi quando ao sentir o seu primeiro abraço e o meu corpo amoleceu, o dia amanheceu e anoiteceu, as estrelas surgiram em dia ensolarado, o tempo parou, o mundo girou e meus ouvidos só ouviam o tum-tum em acorde perfeito dos nossos corações...

Foi quando os nossos lábios se tocaram pela primeira vez e eu me tele-transportei, senti passar infinitas vidas, senti a ligação ser feita e a magia cumprida, que tudo se encaixou em perfeita harmonia.

Nossas almas finalmente se reencontraram.

Obrigada por você existir aqui e agora.
Obrigada por você retribuir esse amor, e se ele é imenso eu nem poderia dizer, já que o tamanho dele não tem ser humano que tenha entendimento pra saber.
Obrigada por você ser quem você É.
Obrigada por você me dar sempre e somente as suas mais sinceras palavras.
Eu amo você.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O corpo imóvel se contrai
o coração acelerado bate descompassado
o sangue esquenta e o nó rapidamente ate a garganta chega
uma vontade de gritar que se cala, o grito se abafa
e o choro vem,  vem em coro, em melodia triste
sinfonia dolorida, não querida, mas que vem.
Pouco a pouco o rosto fica molhado
o gosto é salgado nos grosos lábios
o som emitido é abafado e ela se encolhe
tem gente no quarto ao lado.
Antes que o dia amanheça ela dorme
o corpo cansado ao sono se entrega
Quando o dia clareia e ela desperta
o sorriso ja está colado nos lábios
é mais um dia que a espera.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O olho cego, o olho que vê


O olho que vê o belo, as cores, as flores
O olho que enxerga o mundo, as dores, os amores
O olho que vê a alma, o espírito, o Eu

O olho que vê através das cinzas, da escuridão
O olho que não exerga a luz do dia, o clarão
O olho que não enxerga mas que tudo vê

O olho que olha pra fora
O olho que olha pra dentro

O olho que tem medo do novo, do caminho que desconhece
O olho que olha pra dentro e as vezes não se reconhece
O olho que enxega coisas que outro olho não vê
O olho que vê coisas que o meu não vê

O olho do rosto
O olho do gosto
O olho da alma...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Há dias que paira em mim uma ebolição
de ansiedade que amolece meu corpo,
me arranca o ânimo e
eu me vejo embreagada de malemolência.

Uma vontade de não fazer nada,
de mergulhar em silêncio na noite fria
e sem dizer uma só palavra,
deixar que se faça uma grande magia.

E no meio da escuridão, sinto meus olhos procurando os seus,
eu sei, se eu te olhar e embarcar no universo da sua alma,
meu coração há de encontrar a calmaria perdida
e essa noite longa e vazia logo vai se tornar dia.

Quem sabe se eu fechar os olhos devagar,
eu consiga sentir você me abraçar e
com suas mãos fortes, te sinta me apertar contra seu peito
e depois com carinho, sinta você afagar meus cabelos.

Quem sabe assim, eu até consiga cochilar,
quem sabe assim, protegida em seu ninho,
quando eu abrir os olhos, assim bem de mansinho,
e olhar de lado devarinho, você esteja lá.