quarta-feira, 4 de novembro de 2015


Apenas feche os olhos e deixe a musica entrar
Sussurre sem saber, sem temer o som que vem
Conecte-se, gire, invoque os deuses do universo
Quantos anos sua alma tem?

Descanse o peso do seu corpo no píer
Flutue no tempo e vá de encontro
Ao ponto que te conduza ao riso
Espante os motivos de dor
O sol já vai se opor ao cais
Não volte atrás, diga sim

Deixe que o tempo passe
Que tudo se descompasse
Ao som de sonhos queridos e perdidos
Quantos anos sua alma tem?

Ainda que a tempestade caia e o céu fique negro como piche
E as estrelas percam o brilho
Ainda que o vento venha e arraste tudo para longe
E a musica desapareça
E tudo pareça vão
Ainda assim, diga sim

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Amizade

São almas que se atraem,
que se ligam por ideias próximas
e caminham juntas.
Por muito ou menos tempo
depende do tempo das ideias em comum.
E acredito eu, em minha vã filosofia
que é ai onde mora a chave do crescimento
por que essas almas que riem e choram
brigam e fazem as pazes,
aconselham e são aconselhadas
entre trocas de colo e carinhos
são as almas que conhecem a palavra AMIZADE
e sem amigos, a vida não é vivida, não é sentida.




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Se não houvesse você...


Me pego pensando o que seria de mim se não houvesse você…

Se não houvesse você, os dias seriam brancos e as noites seriam sem lua,
A cama seria sempre vazia, úmida e fria,
Meu coração seria morno, batia numa só batida,
Meu riso seria apenas um riso sério, sem vida, cinza.
E meus olhos não enxergariam as cores mais vivas.

Se não houvesse você, eu não saberia o que saudade significa,
Não saberia ver o mundo numa troca de olhar,
Não sentiria o coração acelerar ao te ver chegar,
E o meu Eu viveria numa eterna busca, sem jamais encontrar,
Pois o Amor não haveria.

Noite de lua

Pelos pequenos quadradinhos brancos da tela me concentro para ver a lua
Chego perto, encosto o rosto
Fecho um olho e abro o outro
Vejo a lua
Às vezes prata, outras azul
O céu estava generoso, dava até para ver uma estrela
Alí, do lado mais claro da lua
Não era mais cheia, mas era quase
Brilhava com um diamante no meio da cidade cinza
Deixei o olhar longe e fui perdendo o foco
As luzes da cidade foram se misturando ao céu
E de repente, eu tinha um céu estrelado
Aquele céu da lembrança de criança
E eu me senti assim, pequenina, um grão em meio aquela imensidão
Uma poeira energética cheia de satisfação de estar ali
No meio daquela constelação.

quarta-feira, 12 de junho de 2013


Há tempos eu estava a sua procura...

Uma angustia que nunca aquietava o meu coração,
uma sensação que sempre faltava alguma emoção,
explicações que nunca me faziam razão
E uma busca incessante pelo amor que acalmaria meu coração.

Foi quando olhei dentro dos seus olhos e meu coração pulou,
disparou em ritmo descompassado, meu estômago gelou, minha garganta secou e engasgou todas as palavras...

Foi quando ao sentir o seu primeiro abraço e o meu corpo amoleceu, o dia amanheceu e anoiteceu, as estrelas surgiram em dia ensolarado, o tempo parou, o mundo girou e meus ouvidos só ouviam o tum-tum em acorde perfeito dos nossos corações...

Foi quando os nossos lábios se tocaram pela primeira vez e eu me tele-transportei, senti passar infinitas vidas, senti a ligação ser feita e a magia cumprida, que tudo se encaixou em perfeita harmonia.

Nossas almas finalmente se reencontraram.

Obrigada por você existir aqui e agora.
Obrigada por você retribuir esse amor, e se ele é imenso eu nem poderia dizer, já que o tamanho dele não tem ser humano que tenha entendimento pra saber.
Obrigada por você ser quem você É.
Obrigada por você me dar sempre e somente as suas mais sinceras palavras.
Eu amo você.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O corpo imóvel se contrai
o coração acelerado bate descompassado
o sangue esquenta e o nó rapidamente ate a garganta chega
uma vontade de gritar que se cala, o grito se abafa
e o choro vem,  vem em coro, em melodia triste
sinfonia dolorida, não querida, mas que vem.
Pouco a pouco o rosto fica molhado
o gosto é salgado nos grosos lábios
o som emitido é abafado e ela se encolhe
tem gente no quarto ao lado.
Antes que o dia amanheça ela dorme
o corpo cansado ao sono se entrega
Quando o dia clareia e ela desperta
o sorriso ja está colado nos lábios
é mais um dia que a espera.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O olho cego, o olho que vê


O olho que vê o belo, as cores, as flores
O olho que enxerga o mundo, as dores, os amores
O olho que vê a alma, o espírito, o Eu

O olho que vê através das cinzas, da escuridão
O olho que não exerga a luz do dia, o clarão
O olho que não enxerga mas que tudo vê

O olho que olha pra fora
O olho que olha pra dentro

O olho que tem medo do novo, do caminho que desconhece
O olho que olha pra dentro e as vezes não se reconhece
O olho que enxega coisas que outro olho não vê
O olho que vê coisas que o meu não vê

O olho do rosto
O olho do gosto
O olho da alma...