quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A estrada ficou pra trás...

Com uma mochila nas costas ele se despede e sai,
Sai sem saber pra onde ir, sem destino,
Sem direção certa a seguir.
Mas ele sai, fecha a porta e sem olhar para trás segue,
Seu peito esta ferido, seus olhos estão inundados
E de pé descalços, despido de cascas, de orgulho ferido,
Ele busca de novo se encontrar.
Mas o tempo é curto e o peso dos retratos do passado
Na mochila, são pesados demais.
A porta que foi batida com força, parece se abrir logo atrás
E ele volta, volta para tirar os retratos guardados,
Põe de volta na prateleira, um a um,
E volta a ligar os fios, conecta de novo
Passado e presente e segue em frente.
A mochila agora guarda outros retratos
Que eram presente e agora se tornaram passado,
Esta lá, no canto da sala, esperando de novo
Uma nova oportunidade para voltar a seguir
Por aquela estrada que ficou agora desolada,
Sem saber ao certo se voltará a ser desbravada.

Ela chora, seu coração no meio do nada se faz,
Sua dor sabe que não mudará nada jamais,
Seu corpo trêmulo reage ao medo,
Seus olhos que antes eram serenos
Agora choram, se inundam com lágrimas doídas,
Agonias retidas de não poder se expor.
Suas mãos geladas contradizem seu coração
Que queima o peito e se confunde em defeitos
Do fim de uma relação.
Ela observa ele caminhar de volta,
Dele vê apenas as costas e seu amor que ele leva embora,
Era o fim ou era uma pausa?
Seu coração que tão rápido batia
Não tinha tempo pra pensar, apenas lágrimas escorriam
Vendo ele voltar.

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