“E de repente sinto o Tempo parado.
Tantos fatos, tanta angústia e uma certeza.
O Conhecimento não perdoa, faz escorrer dos olhos as lágrimas que não convidei.
Muitas coisas aconteceram. Estou sem voz.
Meu semblante sério esconde o sorriso de minha alma.
Meus olhos trêmulos me pedem desculpas, mas evidenciam minhas angústias.
Onde estou? Procuro a minha volta alguém que me defina e, quem sabe, retire esse nó que tanto espreme a garganta.
Ninguém parece me ouvir. Minha plateia não me vê.
Nem eu me enxergo. Estou sem voz.
Com meu olhar, talvez? Como, se não me veem?
Nenhuma luz, nenhum brilho sai dessas íris.
O silêncio do Universo, que outrora gritava em meus ouvidos, parece me abandonar.
Sei que cabe a mim, e não a Ele, riscar o chão com meus passos.
Os sinais são dados e as notas apresentadas indicam a harmonia da sinfonia sonhada.
A união das almas ignora o impossível, restabelece a energia do Ser. A certeza permanece. É.
Cada segundo Vivido parece eterno, tamanha a intensidade.
O que pode ser questionado? Pode o homem julgar sentimento? Ou devo eu respeitar procedimentos?
O Conhecimento cobra.
Segues o teu caminho deixando rastros de tristeza? Defina-se: quem é você?
O peito aperta. Estou sem voz.
Alguém ensina: Caminha por onde ninguém pode segui-lo. O que É conta-se com silêncio e emoção. Suas letras são lágrimas nunca antes externadas. Dessas gotas escorre o que é puro. O Conhecimento o levará a de novo ouvir o Universo. Só Ele te conhece.
O Tempo volta a andar. Estou sem voz.
Quando ela gritará?
Lágrimas distantes se tocam.”
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