quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Eu não escolhi esse amor para sentir, foi ele quem me escolheu para abrigá-lo; Lembro-me como se fosse hoje do dia em que ele chegou, lembro-me do medo que senti ao abrir as janelas; O quarto estava tão escuro que os fortes raios que entraram me causaram uma certa dor, meus olhos que havia tempos estavam fechados relutaram para se abrir; existia medo em enxergar cores, formas, pois meu coração em alguma memória milenar gravada sabia o quão triste seria voltar a fechá-los; Mas o amor entrou sem pedir licença e a cada sacudida de poeira, meus olhos viam e reconheciam novas cores que aos poucos foram se transformando em um arco-íris com todas as faces do espectro. Agora não existe mais medo, o amor esta instalado e em meus aposentos não existe mais poeira nem escuridão, os fortes raios que antes meus olhos temiam a cegueira, hoje ocupam cada fresta, driblando qualquer obstáculo. Meu coração jamais voltará a escuridão depois de ter aberto tão fortemente suas janelas."

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